Segundo reportagem da Folha de São Paulo a Rede
Record fechará o ano de 2012 com um prejuízo estimado em R$ 100 milhões. É um
prejuízo 66% maior que o do ano passado, quando a emissora fechou com R$ 60
milhões negativos, segundo informação publicada por Lauro Jardim na revista
Veja.
Edir Macedo é o líder da Igreja Universal e principal
acionista da TV Record. Por isso, a Igreja Universal paga
aproximadamente R$ 480 milhões para a Record para exibir seus programas nas
madrugadas.
Acredita-se que a divulgação de mais um prejuízo
milionário pode criar mais problemas entre as duas correntes de pensamento dos
líderes da Universal.
Por um lado, há bispos que acham que a emissora deve ser
um veículo da Igreja, e não o contrário, por isso exigem mais espaço para a
pregação na grade de programação.
A outra corrente, liderada por Honorilton
Gonçalves, vice-presidente artístico, defende uma programação comercial laica,
a manutenção da “guerra” contra a Globo e que a programação da Universal fique nas madrugadas.
Um dos motivos da empresa estar no vermelho este
ano é a cobertura das Olimpíadas de Londres. A Record já havia pago US$ 60
milhões para ter exclusividade, e precisará enviar cerca de 300 profissionais
para a cobertura in loco. Ao mesmo tempo, a emissora enfrenta uma de suas
piores fases no tocante à audiência em horário nobre. As novelas “Rebelde” e
“Máscaras” estão prejudicando sua média de audiência. No mês passado, em
comparação com abril de 2011, a queda de ibope foi de 12%.
Os rumores de crise não são novos. No início do
ano, especulou-se que o jatinho da igreja apreendido pela
Receita Federal traria dinheiro da Argentina para ajudar a Record. Também
foi noticiado que a emissora dispensou muitos dos artistas de novela
contratados. Também liberou recentemente o humorista Tom Cavalcante antes do
final do seu contrato. O motivo teria sido exatamente a questão salarial.
A Rede Record emitiu a seguinte nota de
esclarecimento sobre os rumores de falência:
“O Grupo Record vem a
público informar que foi vítima de mais um ataque criminoso contra as suas
atividades empresarias. São absolutamente falsas as notícias sobre o encerramento
do portal R7 e da Record News.
O
ataque foi divulgado sem identificar qualquer fonte de informação pelo site
Adnews, na mesma semana em que a empresa anunciou que se tornava parceira do
portal UOL, um dos concorrentes do R7
O R7 registrou excelentes
resultados em menos de três anos de atividades. De janeiro a dezembro de 2011,
o portal teve um crescimento de 111,61%, enquanto o mercado brasileiro de
internet se expandiu 8,73% no mesmo período, segundo dados do Ibope/Nielsen.
A Record News, apesar de
sofrer boicote de algumas operadoras de televisão paga, segue como o canal de
notícias com o maior número de telespectadores do país.
A atuação da Record News e
do portal R7 permitiu que o Grupo Record expandisse seu alcance, democratizando
ainda mais o acesso à informação. Ambos atendem a um público cada vez maior,
telespectadores e internautas que, cientes da qualidade dos produtos, optam
cada vez mais pelos seus serviços.
O Grupo Record informa ainda
que vai tomar medidas judiciais contra estes ataques, que podem trazer
“prejuízos para nossas atividades.”
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